Arqueólogo israelense diz que atual Via-Sacra é errada
Jerusalém, 12 abr (EFE).- Os milhares de peregrinos que na sexta-feira foram reconstituir em Jerusalém o caminho de Jesus rumo à crucificação na Via-Sacra deviam ter começado seu percurso em um estacionamento perto do Muro das Lamentações, segundo um arqueólogo israelense.
Em seu livro “The Final Days of Jesus” (Os últimos dias de Jesus), citado hoje pelo jornal “Ha’aretz”, o pesquisador israelense Shimon Gibson diz ter identificado o verdadeiro lugar onde Jesus foi julgado e condenado à morte, que deveria ser a primeira escala da Via-Sacra.
O arqueólogo defende que o erro sobre a verdadeira localização da Via Dolorosa provém da presença dos cruzados na cidade (1099-1173), que representou o massacre de vários muçulmanos, judeus e cristãos ortodoxos, o que apagou tradições centenárias.
Então, foi construída uma capela no lugar atualmente identificado com a Fortaleza Antônia, mas Gibson afirma que as escavações no lugar mostram que o edifício que havia na época romana era pequeno demais para ter abrigado o palácio dos procuradores romanos que julgaram Jesus.
Meir Ben-Dov, arqueólogo que participou das escavações do túnel do Muro das Lamentações, qualificou a teoria de Gibson de “completo sem sentido”.
Ben-Dov lembra que o historiador Josefo Flavio “cita mil testemunhas que diziam que a Fortaleza Antônia estava situada em uma esquina do Monte do Templo, e não em outro lugar”, por isso a rota atual seria a correta.
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